A gestão de resíduos é um pilar fundamental para a sustentabilidade e uma das tecnologias que estão fazendo a diferença para a redução das emissões de CO2, são os biodigestores para tratamento de resíduos alimentares.
Estes sistemas ajudam a reduzir a quantidade de resíduos orgânicos destinados a aterros, pois transformam todo resíduo alimentar em subprodutos com baixo impacto negativo ao meio ambiente, no próprio local de geração.
Neste artigo, vamos mostrar como os biodigestores operam, diferenciando os tipos mais comuns e seu impacto no meio ambiente.
Continue lendo para descobrir como essa tecnologia pode ajudar a sua empresa a avançar em direção a práticas mais verdes e eficientes, alinhando-se com os objetivos de desenvolvimento sustentável globais.

O que é um Biodigestor de resíduos?
Um biodigestor é um sistema que trata resíduos orgânicos de forma rápida e eficaz. Este processo minimiza o impacto ambiental ao evitar o transporte de resíduos para aterros e a geração de metano decorrente desses sistemas de destinação.
Biodigestores Anaeróbicos com geração de biogás (Processo anaeróbico)
A biodigestão anaeróbica é o processo de decomposição de matéria orgânica que ocorre na ausência de oxigênio, gerando biogás e um resíduo rico em nutrientes, com potencial para ser utilizado como biofertilizante. O biogás é uma mistura de diversos gases formado, principalmente, por metano e CO2 e é usado para a produção de energia, calor ou combustíveis para motores. Quanto ao resíduo do processo de biodigestão, o digestato, este pode ser empregado na forma líquida, pastosa ou sólida. O digestato pastoso e sólido, são os mais ricos em nutrientes, entretanto, sua produção demanda equipamentos de separação de fase e secagem na forma sólida. O controle dos resíduos orgânicos na entrada dos biodigestores é fundamental para seu posterior emprego seguro na agricultura, devido aos riscos ambientais implícitos, seja pela presença de patógenos (lodos de tratamento de esgotos), seja pela presença de metais pesados ou produtos químicos perigosos. Existem, ainda, limitações para a digestão de determinados resíduos, tais como cítricos e carnes, em função dos impactos causados aos microrganismos. No caso dos cítricos, quando em quantidade, causam alteração no pH e por consequência, inibem o crescimento dos microrganismos, no caso das carnes, por serem ricas em proteínas que contém nitrogênio, geram amônia que é toxica, danosa portanto, para os microrganismos. Ainda devem ser considerados potenciais patógenos que contaminam estes resíduos. Para viabilizar sua utilização, de forma segura e eficiente, é necessário um pré-tratamento.
Os biodigestores anaeróbicos são equipamentos de médio porte ou grande, empregados para grandes quantidades de resíduos orgânicos, com valores significativos de CAPEX e OPEX.

Biodigestores para resíduos alimentares
Desidratadores
Sem ser propriamente um biodigestor, porém concorrendo com os biodigestores de resíduos alimentares, o desidratador higieniza e desidrata resíduos orgânicos e restos alimentares. O processo de desidratação é térmico, com agitação mecânica, controlados automaticamente, diminuindo, significativamente, o volume de entrada. É possível alcançar uma redução entre 70% a 90% em volume, dependendo do tipo de resíduos inseridos. Como se trata de processo térmico de secagem, o consumo de energia é importante. Além disso o processo não é isento de resíduos, ainda que muito menor que o disponível inicialmente. Estes terão que ser destinados como composto no local ou externamente. No tempo (meses ou anos) esta destinação torna-se um problema, pois demanda uma área local importante, mão de obra para levar e espalhar em jardins ou doação, nem sempre uma tarefa simples.
Biodigestores Aeróbicos (Bioconverter)
Digestores que utilizam uma formulação biológica para decompor resíduos orgânicos através de fermentação oxidativa, ou seja, na presença de oxigênio. Geram como subproduto a chamada água cinza, que pode ser beneficiada e usada para irrigação ou descartada na rede de esgotos ou estação de tratamento de esgotos, de forma segura. Essa tecnologia é rápida e não gera biogás ou sólidos residuais, apenas água cinza. Existem poucos resíduos que não podem ser processados nesse tipo de biodigestor, são eles: ossos de boi, caroços de abacate, casca de coco e palha de milho.
Etapas do tratamento de resíduos orgânicos com Biodigestores
O tratamento de resíduos orgânicos com biodigestores é um processo eficaz que contribui para a redução do impacto ambiental dos resíduos. Aqui estão as principais etapas envolvidas neste processo:
Coleta e separação
Antes de tudo, é fundamental realizar uma separação cuidadosa dos resíduos orgânicos, como restos de alimentos, que devem ser separados de materiais não orgânicos para garantir a eficiência do processo de biodigestão.

Homogeneização
Os resíduos orgânicos coletados são então misturados para garantir uma consistência uniforme. Isso facilita a decomposição, pois cria um ambiente mais controlado ainda que os componentes dos resíduos sejam heterogêneos para os microrganismos atuarem.
Conversão e tratamento de subprodutos
Os subprodutos da biodigestão, de cada tipo de biodigestor anaeróbico ou aeróbico (água cinza, biogás ou digestato), são tratados e convertidos em utilidades
Monitoramento e Controle
O biodigestor deve dispor de monitoramento durante todo o processo, garantindo a eficiência do processo, isso inclui o controle de temperatura, pH e outros fatores críticos que influenciam a atividade microbiana e a eficácia da biodigestão.
Benefícios ambientais do uso de Biodigestores para resíduos orgânicos alimentares
A utilização de biodigestores para o tratamento de resíduos orgânicos alimentares oferece uma série de benefícios ambientais que contribuem para práticas mais sustentáveis e redução importante das emissões de CO2, conforme os mecanismos a seguir

Redução de resíduos em aterros sanitários:
Os biodigestores minimizam a quantidade de resíduos orgânicos alimentares que acabam em aterros sanitários. Ao processar estes resíduos e convertê-los em água cinza, os biodigestores evitam a destinação de materiais orgânicos que, em geram metano, gás de efeito estufa, 82 vezes mais potente que o CO2 num horizonte de 20 anos. Em diversos países recomenda-se ou proíbe-se a destinação de resíduos orgânicos em aterros. Mesmo nos aterros em que existe a captação de metano para fins de geração de energia, o processo capta uma parcela do metano gerado, motivo da recomendação de se evitar a destinação de resíduos orgânicos em aterros.
Como a Bioconverter ajuda sua empresa a ir mais longe
Com os biodigestores da Bioconverter você pode monitorar e gerenciar o impacto ambiental de sua operação online, diariamente, através de dashboards avançados. Esta funcionalidade aumenta a transparência das práticas sustentáveis adotadas pela empresa e oferece informações valiosas para a otimização contínua dos processos.
Com esses dados facilmente acessíveis, as empresas podem comunicar seus progressos em sustentabilidade de maneira clara e verificável para seus stakeholders, incluindo investidores, clientes e a comunidade em geral.
Esta transparência não só reforça o compromisso da empresa com práticas responsáveis, mas também serve como uma ferramenta de engajamento, aumentando a confiança e o suporte à marca.
A capacidade de monitorar esses resultados online também ajuda as empresas a alinhar suas operações com as metas globais de sustentabilidade, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A Bioconverter permite que as organizações rastreiem como estão contribuindo para essas metas, ajudando-as a demonstrar as melhorias continuas.